Angola quer cooperação agrícola com Minas Gerais

fevereiro 22, 2008

É o que diz essa notícia aqui.

Destaco a declaração do Secretário de Agricultura, Gilman Viana que diz ser  “receptivo a propostas de intercâmbio de conhecimento e pode apresentar a experiência de sua produção, que é bastante diversificada.

Ao contrário do setor privado, que costuma, com razão, ser bastante secretivo em relação às suas práticas, a cooperação internacional entre governos (estaduais e cidades) costuma ser permeada de boa vontade, embora não necessariamente robusta.

Visitas e troca de conhecimento, em geral, são bem vindos.

Em uma economia do conhecimento (inclusive, cada vez mais, no setor agrário), isso faz uma grande diferença!


Australia, Japão e paradiplomacia mineira

fevereiro 19, 2008

Enquanto na cena interna, Minas Gerais reafirma os laços de amizade com o Japão (só para lembrar, os investimentos na Usiminas, Proceder, celulose e a irmandade com Yamanashi) por meio de marcos do centenário da imigração japonesa no Brasil.

 Uma delegação mineira visita a Australia e avança a cooperação lá (acordo com Queensland, muita coisa rolando no setor minero-metalúrgico e gestão de resíduos)


Cooperação Piemonte – Minas Gerais

janeiro 14, 2008

Algumas notícias da cena paradiplomática em Minas Gerais.

Primeiro, o programa “Jovens Mineiros Cidadãos do Mundo“, programa idealizado pelo Dr. Athayde, meu ex-chefe quando eu trabalhava na Subsecretaria de Assuntos Internacionais do Governo de Minas, leva 20 estudantes mineiros para se qualificar em Piemonte, província irmã de Minas Gerais.

Como Turim, Piemonte e a Itália em geral são reconhecidos internacionalmente por causa da qualidade do design (roupas, jóias, carros, etc), a temática da visita é justamente essa. Os intercambistas são estudantes de design de Minas Gerais e ficarão algumas semanas recebendo treinamento e conhecendo como é feita a produção do design italiano.

O custo do programa é coberto por um pool de empresas patrocinadoras do projeto, além de recursos do próprio governo de Minas Gerais.

Além do óbvio aporte de conhecimento para os jovens estudantes, que certamente será de grande utilidade para o desenvolvimento do Estado, esse tipo de atividade ainda contribui para criar laços entre as pessoas daqui e de lá, possibilitando mais cooperação e projetos conjuntos no futuro.

A idéia é que, nos anos vindouros, as outras províncias irmãs de Minas Gerais também sejam contempladas com a visita da delegação de jovens mineiros.

A notícia completa está aqui

Além dos estudantes, o acordo Minas Gerais – Piemonte também gerou outro acordo, desta vez entre a Universidade de Minas Gerais (UEMG) e o Instituto Politécnico de Torino. Por este acordo, professores da UEMG irão fazer doutorado na Itália.

Para saber mais sobre este acordo, a notícia se encontra aqui.

A única imprecisão da notícia é dizer que o acordo de Minas e Piemonte foi celebrado pelo Governo Aécio.

Não foi.

O acordo guarda-chuva de cooperação e irmandade foi celebrado em 1993, embora certamente expandido e no presente governo.

Mais sobre as províncias irmãs de Minas Gerais aqui.


Millenium Cities Initiative

dezembro 13, 2007

O Earth Institute é um órgão da Universidade de Columbia e iniciou este projeto:

 Millenium Cities Initiative

A idéia é ajudar cidades africanas a se estruturarem em termos de políticas públicas e política de desenvolvimento urbano e assim atrair investimentos externos, gerar empregos, e alcançar os MDG’s

“To assist selected mid-sized cities across sub-Saharan Africa, located near  the Millennium Villages, to achieve the Millennium Development Goals (MDGs). The project focuses on policy analysis impacting foreign direct investment (FDI), with a view toward creating employment, stimulating domestic enterprise development and fostering economic growth. In addition, the MCI will help each Millennium City to design its own integrated City Development Strategy.  The MCI will draw upon, and strengthen, the MDGs work already underway by adding a focused urban-based component.

Overall, the Initiative will demonstrate, through its research and policy analysis, that more FDI can be attracted to regional urban centers in Africa, with the resulting employment and economic growth effects. The urban development strategies produced by and for the Millennium Cities themselves will apprise national governments and their donors of each city’s priorities and chart a path toward their realization. These City Development Strategies, as well as a MCI Handbook chronicling the project’s processes and best practices, will serve as templates for the replication and scaling of the Initiative to other similarly underserved urban settings across sub-Saharan Africa and beyond.

Legal a idéia, não?


Cidades e transferência de conhecimento científico-tecnológico

dezembro 4, 2007

Reproduzo na íntegra (negrito meu):

“Unicamp e Associação Brasileira de Municípios firmam parceria para transferência de conhecimento científico-tecnológico A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Associação Brasileira de Municípios (ABM) firmaram, no dia 30, uma parceria para desenvolver ações conjuntas com o objetivo de elevar competências administrativa, gerencial e tecnológica de municípios brasileiros. O acordo foi assinado, em Santa Maria (RS), durante o 1º Encontro de Cidades Integradas do Mercosul. Segundo informações da Unicamp, o convênio vai permitir a transferência de conhecimentos científico-tecnológicos nas diferentes áreas de conhecimento, por meio de projetos de pesquisa, consultorias, assistência técnica e cursos de extensão.

Carta das cidades

A reunião dos municípios sobre o Mercosul resultou na Carta das Cidades. A proposta traz 137 sugestões para que ações sejam efetivadas nos países latino-americanos. Foram escolhidos nove temas para balizar ações políticas. São eles: saúde, diversidade, educação, gênero, turismo, ambiente, gestão, segurança e agricultura. Mais informações sobre a ABM podem ser obtidas no site http://www.abm.org.br.”


Metropolis BH

dezembro 2, 2007

Falando em paradiplomacia, aqui está um bom exemplo (e oportunidade) de como a inovação em gestão pública se espalha por meio de redes de cidades empenhadas em trocar experiências em melhores práticas.

O evento Metropolis acontece essa semana em Belo Horizonte e terá paineis para que os representantes das principais cidades latino americanas e caribenhas troquem experiências sobre segurança pública, gestão de resíduos e mobilidade dentro das cidades.

Leia mais (mas leia mesmo, está muito interessante) nesse artigo do EM.


Paradiplomacia na sessão livros bacanas

dezembro 2, 2007

Sessão de livros bacanas  atualizada. Essa semana sobre o livro Paradiplomacy in Action.


Paradiplomacia quase entra na constituição

novembro 12, 2007

Já que entrei no papo sobre Paradiplomacia… ela quase virou emenda à constituição.

PEC da Paradiplomacia

Artigo do autor da PEC

Foi arquivada no começo desse ano.


Brasil – França Paradiplomacia

novembro 12, 2007

“Cerca de 300 autoridades brasileiras e francesas participarão do Encontro de Cooperação Descentralizada e Federativa Franco-Brasileira, que começa hoje, na Prefeitura de Belo Horizonte, com o patrocínio do prefeito Fernando Pimentel. O ministro Walfrido dos Mares Guia será um dos representantes do governo federal na solenidade de abertura” (Estado de Minas, 12/11/07)

Para a maioria das pessoas, não há nada de especial nessa nota no Estado de Minas.  Não causa estranhamento nenhum ler sobre “cooperação descentralizada” e “cooperação federativa” no jornal. Os termos, quase sinônimos, dizem respeito à cooperação entre cidades, províncias e estados de países diferentes (tenho textos antigos sobre isso na sessão “meus rabiscos”), que é uma tendência crescente no mundo.

A cooperação ( muitas vezes assistência) internacional tinha um caminho mais ou menos sacramentado: país rico repassava dinheiro para um projeto por meio de sua agência de cooperação para país pobre.

Isso ainda acontece.

E muito.

Mas cada vez mais vemos projetos em que o caminho é outro: país rico repassa o dinheiro para sua província / cidade que a aplica em um projeto de transferência de melhores práticas para uma província / cidade de um país pobre.

A vantagem é que as províncias e cidades estão mais próximas do cidadão, conhecem melhor seus problemas que a união e são mais transparentes devido à proximidade com o povo.  Projetos de saneamento básico, educação e saúde usualmente são de competência do governo local. Nada mais lógico que ele também seja mais adequado para supervisionar o projeto de cooperação internacional.

Aqui vão alguns exemplos de agências de cooperação internacional dos governos locais, o que pressupõe que estes também estão interagindo internacionalmente em diferentes graus:

Japão

Coréia do Sul

Holanda