Innovation goes offshore

junho 8, 2010

As atividades de R&D cada vez mais são desenvolvidas offshore…

Esqueça o modelo de desenvolvimento de tecnologia no centro e produção em massa na periferia. Cada vez mais o “conhecimento” também se globaliza.

Saiba mais aqui.


SISTEMA MINEIRO DE INOVAÇÃO

junho 5, 2008

 

Apresento a vocês o Sistema Mineiro de Inovação (SIMI), projeto que faço parte desde Outubro 2007 e já começa a dar seus frutos, como por exemplo o Portal SIMI, um inorkut – orkut da inovação.  Embora esteja no começo, já tem muito material bom lá como por exemplo o artigo que originou o post anterior, sobre difusão da inovação.

O Sistema tem também um componente de gestão pública participativa, que identifica propostas setoriais de políticas e ações de fomento à inovação. O sistema conta com 10 universidades públicas e privadas, diversas secretarias de estado e empresas públicas e entidades de classe dos empresários, industrialistas e agropecuária. Conta também com Encontros de Inovação que reúne stakeholders de um determinado setor e, por meio de uma metodologia própria, busca identificar as ações que devem ser tomadas para resolver os problemas do setor relacionados à inovação.

Esse artigo, apresentado no Congresso Consad de Gestão Pública, explica todo o sistema.

Se estiver com preguiça, o vídeo abaixo explica bem toda a idéia:

 


O que os empresários brasileiros pensam das networks?

junho 3, 2008

Esse relatório da PWC: “Compete &  Collaborate – What is success in a connected world” levanta algumas questões sobre o uso de redes (networks, comunidades de prática, etc) pelos empresários brasileiros e o valor que eles colocam na efetividade dessa prática.

Os resultados mostram que o tema ainda não é quente no Brasil, mas são percebidas como úteis para aumentar a inovação e para atingir novos mercados e clientes.

“• Respondents in Brazil are less likely to be involved in:
• Networks that influence policy
• Respondents in Brazil are more likely to be involved in:
–– Networks that are designed to find talent
–– Networks that address macro-threats
• Respondents in Brazil are more likely to feel that the following networks are effective:
–– Increase innovation
–– Accessing new markets or customers
–– Improving corporate citizenship
–– Controlling costs”


Inovação em Governo

abril 21, 2008

O blog “igov“, agora na sessão de links, fala sobre a inovação no governo e muita coisa sobre governo 2.0.

 

 

 

 Esse post, por exemplo, apresenta alguns usos da tecnologia de informação colaborativa na gestão pública relacionada à segurança pública.

Esses falam de democracia participativa.


Genebra: Mais evidência para a teoria de aglomeração

abril 16, 2008

Genebra se transforma em centro de negociação de commodities

Tá certo que os impostos baratos são um grande atrativo para estas empresas abrirem escritórios lá, mas é a aglomeração de empresas financiadoras de transações transnacionais de commodities (BNP Paribas, Credit Suisse) e seguradoras que tem transformado Genebra em um cluster de tradings agrícolas.

“Há um afluxo constante de novas empresas”, afirmou Descheemaeker à Reuters, em uma entrevista. “Quando se atinge uma massa crítica, a presença dos competidores ou parceiros de uma empresa transforma-se em um ímã para essa mesma empresa. Aquele começa a ser o lugar onde se deveria estar.”

 


Brasil e o ranking de desenvolvimento tecnológico

abril 10, 2008

Caindo…


Angola quer cooperação agrícola com Minas Gerais

fevereiro 22, 2008

É o que diz essa notícia aqui.

Destaco a declaração do Secretário de Agricultura, Gilman Viana que diz ser  “receptivo a propostas de intercâmbio de conhecimento e pode apresentar a experiência de sua produção, que é bastante diversificada.

Ao contrário do setor privado, que costuma, com razão, ser bastante secretivo em relação às suas práticas, a cooperação internacional entre governos (estaduais e cidades) costuma ser permeada de boa vontade, embora não necessariamente robusta.

Visitas e troca de conhecimento, em geral, são bem vindos.

Em uma economia do conhecimento (inclusive, cada vez mais, no setor agrário), isso faz uma grande diferença!


Fundación Cenit

fevereiro 10, 2008

Como é bom conversar com um amigo das antigas!!!

Hoje, pelo messenger, conversei com um grande camarada que está fazendo sua vida na Argentina. Papo vai, papo vem, ele me apresentou o site da instituição onde faz mestrado e, meu deus, quantos artigos aparentemente interessantes estão lá!!! A instituição é o CENIT, Centro de Investigaciones para la Transformación, e a página de publicações tem preciosidades como:

Agora resta ler cada um deles… mas a fonte já ficará guardada na lista de links ao lado!


Sobre uma função de produção para o empreendedorismo

fevereiro 8, 2008

Afinal de contas, uma pessoa empreendedora nasce com isso ou aprende durante a vida? 

O shikida dá a dica para pensarmos em uma resposta.

 E isso tudo me faz lembrar de um assignment no mestrado para analisar os determinantes da frequência das crianças na escola usando dados do Progressa, um programa mexicano que foi o inspirador do bolsa-família brasileiro. Era interessante ver como a distância ou a existência de serviço de transporte urbano ou a educação dos país e números de irmãos influenciavam estatisticamente a frequência na escola.

Com isso, encontramos os principais determinantes da presença das crianças na escola e pudemos simular como uma alteração nos critérios observáveis de recebimento da ajuda pelas famílias (por exemplo, dar a ajuda somente a famílias de mãe solteira ou com mais de três filhos) impactava no erro tipo I (falso positivo) e no erro tipo II (falso negativo), possibilitando uma escolha mais informada sobre os impactos de uma configuração x ou y da política pública.

Tudo isso só para falar que fiquei encucado com a idéia de fazer um esquema similar para políticas públicas de fomento ao empreendedorismo.

Imagina podermos saber quais ações fomentam mais o empreendedorismo e analisar uma política de fomento sob a ótica do trade-off entre indivíduos que tem grande probabilidade de se tornar empreendedor mas não são contemplados pelo programa (erro tipo II) e indivíduos com pouco probabilidade de se tornar empreendedor que são contemplados pelo programa (erro tipo I).

Escrevi um assignment sobre isso… se achar mais de noite em casa coloco aqui…

  


Sibratec

janeiro 31, 2008

A notícia não é exatamente nova e o decreto de criação está vigorando desde Novembro, mas o Sibratec deu mais um passo em direção ao seu pleno funcionamento ao indicar o nome dos membros do comitê gestor.  

Por que o Sibratec é relevante para o ambiente de ciência, tecnologia e inovação no Brasil?

  • Primeiro, pelo volume de R$ 600 milhões no orçamento para 2008. Não adianta uma boa idéia sem bala na agulha. E o Sibratec vem quente (ao menos financeiramente) para tal.
  • Segundo, a concepção do Sibratec é trabalhar em rede. Nada será replicado. A idéia é incentivar e coordenar a cooperação entre os atores envolvidos. Isso evita duplicação de trabalho.

O Sibratec é formado por três redes – Centros de Inovação (rede de pré-incubação e incubação nas universidades e centros de pesquisa), Serviços Tecnológicos (redes temáticas de serviços de metrologia, certificação, etc) e Extensão Tecnológica (rede estadual que organiza a governança da educação tecnológica, de acordo com a prioridade estadual).

Sobre este último, acredito que, para Minas Gerais, já temos um sistema de governança (O Sistema Mineiro de Inovação) que pode servir de plataforma para a rede de extensão tecnológica do Sibratec.  


China e a inovação

janeiro 30, 2008

China precisa de inovação para manter crescimento  (Você precisará fazer o cadastro na HSM para ler este artigo)

É o que fala o Sr. Edmund Phelps, o ganhador no Prêmio Nobel. 

“O rápido crescimento da China nas áreas de produtividade e investimento está fadado a perder energia à medida que os salários médios aumentarem e o país aproximar-se de superar a defasagem tecnológica em relação aos EUA, afirmou Edmund Phelps, em uma conferência realizada em Hong Kong.

Quando isso acontecer, o aumento dos salários deve perder velocidade, reduzindo os incentivos para as pessoas ingressarem no mercado de trabalho, como aconteceu na Europa Ocidental depois do boom do pós-guerra nos anos 1950 e 1960.

“Neste momento, o desemprego aumenta, a participação na força de trabalho cai e podem surgir os problemas observados na Europa nas últimas décadas”, disse Phelps. “

A solução?Incentivar o espírito empreendedor, desde reformas no setor financeiro até o sistema educacional. (solução do Nobel Prize, viu!)


Falta de mão de obra qualificada

janeiro 17, 2008

Quais os maiores entraves para a atração dos centros de P&D das grandes multinacionais para o Brasil?

Segundo este artigo, o problema está na falta de mão de obra qualificada, embora os salários de um mesmo engenheiro ou cientista seja mais baixo aqui do que na Alemanha, por exemplo.  

A mão-de-obra dos trabalhadores da indústria brasileira é comparável, em termos qualitativos, à de países desenvolvidos como Estados Unidos e Alemanha. Por outro lado, o país apresenta forte escassez de mão-de-obra qualificada.Fuga de laboratóriosIsso pode ser um fator determinante para que as multinacionais estrangeiras instaladas no Brasil optem por transferir ou criar centros de pesquisa e desenvolvimento (P&D) em outros países considerados emergentes, como Índia e China.Essa é uma das conclusões do projeto Políticas de desenvolvimento de atividades tecnológicas em filiais brasileiras de multinacionais, coordenado pelo Departamento de Política Científica e Tecnológica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com participação de um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo e da Universidade Estadual Paulista.


Evento: Novas Fronteiras da Gestão de Inovação

janeiro 14, 2008

*Simpósio Internacional
**NOVAS FRONTEIRAS DA GESTÃO DE INOVAÇÃO

Terça-feira, 26 de fevereiro de 2008*
*Fundação Dom Cabral, Campus Aloysio Faria*

Organização*: Profa. Dra. Anna Goussevskaia, Núcleo de Inovação, Fundação Dom Cabral

*Apoio*: Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior

A gestão de inovação possui, hoje, abrangência no âmbito empresarial, atuando nas mais variadas áreas das organizações, tais como alianças e redes, gestão de projetos, desenvolvimento de negócios, e gestão de pessoas e equipes.

Além disso, há uma relação complexa entre o processo de inovação em nível organizacional e o ambiente nacional e institucional que pode potencializar ou restringir os esforços para a inovação.  

O Simpósio “Novas Fronteiras da Gestão de Inovação” tem como objetivo  avançar no desenvolvimento do conhecimento em gestão de inovação,  promovendo intercâmbio e discussão sobre estes novos desafios.

O Simpósio reúne acadêmicos internacionais e nacionais de instituições reconhecidas, que trazem uma variedade de tópicos atuais na fronteira do conhecimento sobre gestão de inovação.

*Programa*

*Painel I* — Visão “micro”: gestão de inovação no âmbito da organização

*Gestão do trabalho baseada em conhecimento: problemas e oportunidades  presentes nos ambientes de equipes interdisciplinares*
Profa. Dra. Maxine Robertson. Professor of Organizational Theory, School of Business and Management at Queen Mary, the University of London,  Reino Unido.

*Aprendendo a inovar: padrões de gestão de inovação nas empresas manufatureiras brasileiras*

Prof. Dr. Ruy Quadros. Livre-docente e Professor de Gestão da Inovação  no Departamento de Política Científica e Tecnológica (DPCT/IG) da UNICAMP, Brasil.

*Implementação de inovações gerenciais em organizações baseadas em projetos* *
*Prof. Dr. Michael Bresnen. Professor of Organizational Behaviour, Department of Management, Leicester University, Reino Unido.

 *Painel II* — Visão “meso”: os desafios da inovação aberta.

*Descontinuidade no processo de inovação: gestão de inovação e interatividade de projetos*
Profa. Dra. Sue Newell. Cammarata Professor of Management, Bentley  College, Estados Unidos. Professor of Information Management, Warwick Business School, the University of Warwick, Reino Unido.

*Uma análise sobre rotinas em ambiente de rede: o caso Genolyptus*
Profa. Dra. Rosiléia das Mercês Milagres. Professora de Estratégia e Redes para Cooperação, Fundação Dom Cabral, Brasil.

*Aquisição de empresas para inovação: desafios na integração do conhecimento*
Profa. Dra. Anna Goussevskaia. Professora de Inovação e Gestão de Conhecimento, Fundação Dom Cabral, Brasil.

Prof. Dr. Carlos Arruda. Professor de Gestão de Inovação e
Competitividade, Diretor de Relações Internacionais e Coordenador do  Núcleo de Inovação, Fundação Dom Cabral, Brasil.

Samir Lotfi, Pesquisador do Núcleo de Inovação, Fundação Dom Cabral, Brasil.

*Painel III* — Visão “macro”: contexto nacional e institucional e  processo de inovação

*Os efeitos do contexto institucional na gestão da inovação*
Profa. Dra. Jacky Swan. Professor of Organizational Behaviour, Warwick  Business School, the University of Warwick, Reino Unido. Diretora do Centro de Pesquisa de Inovação, Conhecimento e Redes Organizacionais.

*O estado atual da construção do sistema de inovação no Brasil*
Prof. Dr. Eduardo Albuquerque. Professor Adjunto da FACE/Cedeplar, Universidade Federal de Minas gerais — UFMG, Brasil. Coordenador do Grupo de Pesquisas “Economia da Ciência e da Tecnologia”.

Inscrições clique AQUI

Não será cobrada a taxa de participação, porém as vagas são limitadas.

Faça sua inscrição até o dia 21 de janeiro


Kiva – o orkut da Filantropia.

janeiro 13, 2008

Muitos de vocês já viram na Veja, sob o título “orkut da filantropia“.

Realmente, o KIVA é tudo isso mesmo e um pouco mais. Além de emprestar dinheiro, é possível conhecer quem está recebendo o dinheiro, aconselha-lo sobre a melhor forma de investir e acompanhar do começo ao fim a evolução do negócio.

O conceito de desenvolvimento do Kiva, baseado em micro-financiamento de empresas familiares, com a captação do recurso feita exclusivamente pela internet. Quem empresta o dinheiro conhece quem e qual negócio está ajudando e acompanha quando quiser a evolução deste. Além de ensinar a pescar, a Kiva empresta a vara até que a peixaria esteja pronta para comprar seu próprio equipamento!!!

O sistema tem transparência total em relação ao destino do seu dinheiro e o contato face a face (mesmo que mediado pela internet) com a outra pessoa sensibiliza e motiva as pessoas a se engajarem no projeto.

Essa motivação foi tanta que, ao entrar hoje no site da KIVA, eles não estão, provisoriamente, recebendo nenhum empréstimo porque TODOS os negócios que eles apoiavam estão INTEIRAMENTE financiados!!!

Fantástico, não?


Economia e Território

janeiro 7, 2008

Economia e Território, o livro organizado pelo Prof. Clélio Campolina e Prof. Mauro Borges é o livro da semana na sessão “livros bacanas“.

Para quem gosta de economia regional, é um prato cheio, além da temática da inovação (habitats de inovação, distritos marshalianos, transbordamentos tecnológicos, economia do conhecimento, etc) estar presente em praticamente todos os artigos da obra.


Quase 7 milhões de jovens não estudam nem trabalham

dezembro 20, 2007

Notícia preocupante do Hoje em Dia!

Reproduzo aqui somente os dados que interessam:

PERFIL DOS JOVENS

Condições de vida da população mais nova

ESTADO ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO JUVENIL
1) Distrito Federal 0,666
2) Santa Catarina 0,647
3) São Paulo 0,626
4) Rio Grande do Sul 0,616
5) MINAS GERAIS 0,567

24) Pará 0,438
25) Piauí 0,43
26) Maranhão 0,429
27) Pernambuco 0,394
28) Alagoas 0,367

2) TAXA DE ANALFABETISMO ENTRE JOVENS
2001 4,2%
2006 2,4%

3) DESIGUALDADES
Somente jovens entre os 10% mais pobres da população
Somente jovens entre os 10% mais ricos da população
Total dos jovens (15 a 24 anos)

Percentual de jovens ainda no ensino fundamental
60,9%
7,3%
29,2%

Percentual de jovens já no ensino superior
0,8%
53,8%
18,9%

Anos de estudos completos
6,1
11,2
8,5

Percentual de jovens que não trabalham nem estudam
34,8%
7,6%
19,9%


USP traz de volta ao país nova geração de doutores

dezembro 17, 2007

USP traz de volta ao país nova geração de doutores(Valor Econômico – reproduzido na íntegra) A partir de janeiro terá início uma campanha para captar recursos também junto às empresas Stela Campos escreve para o “Valor Econômico”: A preocupação com a retenção de talentos e com os processos de sucessão chegou à academia. Preocupada com a substituição de 25 de seus 70 professores nos próximos anos, o departamento de economia da USP criou o programa “Jovens Doutores”. O objetivo é fisgar talentos brasileiros nas melhores universidades do mundo e convence-los a fazer o caminho de volta. O Brasil ainda forma poucos doutores comparado a países como Estados Unidos, Coréia e China. Apesar do número de formandos ter crescido 10 vezes entre 1980 a 2006, passando de 1000 para 10 mil ao ano, o país ainda precisaria de muito mais doutores para chegar perto dos mais desenvolvidos. Já o número de mestres formados anualmente chega a 40 mil, segundo dados da Capes. Também é pouco. A questão é que boa parte desse grupo arruma as malas após a formatura e sai em busca de boas oportunidades acadêmicas no exterior, onde as carreiras de professor e pesquisador são mais valorizadas e melhor remuneradas. Com esse programa, inédito no país, mas comum nas melhores universidades estrangeiras, o departamento de economia da USP quer mostrar que existe espaço para os talentos brasileiros desenvolverem seus trabalhos aqui. Com a chegada desses jovens, oito até o momento, a universidade pretende oxigenar as pesquisas e aos poucos renovar seu quadro de docentes. O chefe do departamento de economia, professor Joaquim Guilhoto, explica que para atrair essa primeira turma formada em universidades renomadas como Chicago, Cambridge, UCLA, Princeton e Boston, precisou contar com o apoio financeiro da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Cada doutor custa, mensalmente, cerca de R$ 10 mil para a fundação, o que contabilizou este ano um investimento superior a R$ 700 mil. Mas, a partir de janeiro terá início uma campanha para captar recursos também junto às empresas. Serão oferecidos vários tipos de patrocínio, que poderão variar entre R$ 10 mil até R$ 360 mil, quando a companhia decidir patrocinar um doutor durante os três anos de duração do programa. Durante o “Jovens Doutores”, os participantes deverão dedicar-se à pesquisa e à orientação de alunos do mestrado e doutorado. Eventualmente, poderão também dar aulas. Guilhoto diz que quando um dos professores do departamento se aposenta, existe um longo hiato até que o concurso público seja aberto, sua vaga disponibilizada e a contratação efetivada. “Isso pode demorar um ano ou mais”, conta. Com o “Jovens Doutores” ele quer garantir que quando surge uma oportunidade esses jovens estão por perto. “É uma questão de ‘timing'”, justifica. Levando em conta que o salário de um professor titular, em universidades federais, com dedicação exclusiva e doutorado, gira em torno de R$ 7,3 mil no país, a nova geração de economistas já começa com uma remuneração acima da média. Mas Guilhoto enfatiza: “O que eles trazem na bagagem não tem preço”. Para os jovens doutores, entretanto, o salário não é o maior atrativo. “Quando recebi o convite estava empregado como professor na universidade de Chicago ganhando mais”, conta Marcos Rangel, 32 anos, doutor pela Universidade da Califórnia. “O que me fez voltar foi a qualidade de vida e a oportunidade de me dedicar a pesquisas relevantes”, explica. O aquecido mercado financeiro tanto no Brasil como nos grandes mercados como o americano e o europeu também poderia absorver esses talentos com salários mais polpudos. A questão é que para esse grupo, o estudo está em primeiro lugar. “As oportunidades sempre foram grandes para todos nós, em algum ponto da carreira alguém pensou: ‘puxa aquele colega da graduação está ganhando muito e eu podia estar recebendo isso ou mais’. Mas estudar foi uma preferência lá atrás e continua sendo hoje”, diz Ricardo Avelino, 30 anos, doutorado pela Universidade de Chicago.  “Num banco de investimentos estaria rico, mas não tão feliz”, enfatiza Gabriel Madeira, 35 anos, doutorado pela universidade de Chicago. Para a maioria dos escolhidos pelo programa o fato de estar numa universidade brasileira ajuda a dar mais visibilidade aos seus estudos. Nas americanas, eles dizem que eram bem-vindos por representarem a tão almejada diversidade junto com chineses, indianos, entre outros. Apesar disso, como a produção intelectual na academia nos EUA é grande, era mais difícil para esses talentos brasileiros darem visibilidade às suas pesquisas. “Lá eles podem se dar ao luxo de pesquisar coisas que não são tão relevantes para a política econômica, que não tem aplicabilidade”, diz Mauro Rodrigues, 31 anos, doutor pela UCLA, professor recém concursado pela FEA-USP. “Em países em desenvolvimento como o Brasil, o direcionamento das pesquisas pode ser diferente”. Os doutores acreditam que a chamada “escassez de cérebros” no Brasil também cria uma oportunidade de interação maior da academia com a iniciativa privada e com o próprio governo.  Fernando Botelho, 31 anos, doutorado em Princeton, e Ricardo Madeira, 31 anos, doutorado na universidade de Boston, já deram o primeiro passo nesse sentido. Os dois conseguiram aprovar um financiamento junto ao Ministério da Educação para trabalhar em três projetos sobre a qualidade da educação no país. Botelho voltou ao Brasil há um ano através do “Jovens Doutores” e Madeira foi resgatado há apenas três meses. “Ter a chancela do ministério é um marco importante para nós”, diz Botelho. O Brasil está hoje na 15º posição na lista dos países que mais publicam artigos científicos no mundo. Em 2006, foram quase 17 mil, o que significa 7% a mais que no ano anterior. Mas este número ainda simboliza apenas 1,92% da produção global. “Queremos com programas como esse incrementar essa produção”, diz Guilhoto. E se depender do ânimo dessa seleta turma, que adora estudar, muitas pesquisas ainda poderão ajudar a mudar o rumo da política econômica brasileira. “A energia deles contaminou nosso departamento”, comemora o professor.


Millenium Cities Initiative

dezembro 13, 2007

O Earth Institute é um órgão da Universidade de Columbia e iniciou este projeto:

 Millenium Cities Initiative

A idéia é ajudar cidades africanas a se estruturarem em termos de políticas públicas e política de desenvolvimento urbano e assim atrair investimentos externos, gerar empregos, e alcançar os MDG’s

“To assist selected mid-sized cities across sub-Saharan Africa, located near  the Millennium Villages, to achieve the Millennium Development Goals (MDGs). The project focuses on policy analysis impacting foreign direct investment (FDI), with a view toward creating employment, stimulating domestic enterprise development and fostering economic growth. In addition, the MCI will help each Millennium City to design its own integrated City Development Strategy.  The MCI will draw upon, and strengthen, the MDGs work already underway by adding a focused urban-based component.

Overall, the Initiative will demonstrate, through its research and policy analysis, that more FDI can be attracted to regional urban centers in Africa, with the resulting employment and economic growth effects. The urban development strategies produced by and for the Millennium Cities themselves will apprise national governments and their donors of each city’s priorities and chart a path toward their realization. These City Development Strategies, as well as a MCI Handbook chronicling the project’s processes and best practices, will serve as templates for the replication and scaling of the Initiative to other similarly underserved urban settings across sub-Saharan Africa and beyond.

Legal a idéia, não?


O Brasil sem a CPMF

dezembro 13, 2007

O Brasil precisa de menos impostos e menos gastos públicos.

De todos os impostos, até que a CPMF não é dos piores: é um imposto não sonegável, isento abaixo de um certo nível, permitindo assim certa progressividade e forma banco de dados riquíssimo que, quando cruzado com outros impostos,   mostra claramente quem está sonegando (outros impostos) ou não.

Mas é imposto.

E na falta de outro imposto para extinguir, foi bom que a CPMF tenha ido para o espaço. No mínimo vai forçar o governo a reduzir os gastos.

E governo reduzindo gastos é muito bom.


Cidades e transferência de conhecimento científico-tecnológico

dezembro 4, 2007

Reproduzo na íntegra (negrito meu):

“Unicamp e Associação Brasileira de Municípios firmam parceria para transferência de conhecimento científico-tecnológico A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Associação Brasileira de Municípios (ABM) firmaram, no dia 30, uma parceria para desenvolver ações conjuntas com o objetivo de elevar competências administrativa, gerencial e tecnológica de municípios brasileiros. O acordo foi assinado, em Santa Maria (RS), durante o 1º Encontro de Cidades Integradas do Mercosul. Segundo informações da Unicamp, o convênio vai permitir a transferência de conhecimentos científico-tecnológicos nas diferentes áreas de conhecimento, por meio de projetos de pesquisa, consultorias, assistência técnica e cursos de extensão.

Carta das cidades

A reunião dos municípios sobre o Mercosul resultou na Carta das Cidades. A proposta traz 137 sugestões para que ações sejam efetivadas nos países latino-americanos. Foram escolhidos nove temas para balizar ações políticas. São eles: saúde, diversidade, educação, gênero, turismo, ambiente, gestão, segurança e agricultura. Mais informações sobre a ABM podem ser obtidas no site http://www.abm.org.br.”


Metropolis BH

dezembro 2, 2007

Falando em paradiplomacia, aqui está um bom exemplo (e oportunidade) de como a inovação em gestão pública se espalha por meio de redes de cidades empenhadas em trocar experiências em melhores práticas.

O evento Metropolis acontece essa semana em Belo Horizonte e terá paineis para que os representantes das principais cidades latino americanas e caribenhas troquem experiências sobre segurança pública, gestão de resíduos e mobilidade dentro das cidades.

Leia mais (mas leia mesmo, está muito interessante) nesse artigo do EM.


Livros para o desenvolvimento – Fapesc e Better World Books

dezembro 1, 2007

Uma visão para o desenvolvimento: se a população mais pobre tiver acesso à livros, aprenderão mais e eventualmente reduziremos a pobreza.
Aqui  no Brasil temos ações como esta:

“Fapesc distribui 15 mil livros em SC

A Fundação de Amparo à Pesquisa de Santa Catarina (Fapesc) está participando do Programa Livro Aberto do governo federal. Como parte das ações dessa iniciativa, a Fapesc vai distribuir, este ano, mais de 15 mil livros em todo o Estado. A meta é de que todos os 293 municípios catarinenses tenham uma biblioteca. Depois disso, o desafio será modernizar o acervo das demais” Fonte: Gestão C&T”

O esforço é louvável e merece aplausos, mas não chega a empolgar.

Compare com a Better World Books, um empreendimento social feito por três estudantes dos EUA.  O primeiro contato que tive foi quando precisei de um livro dificílimo de encontrar para a minha dissertação de mestrado.  Consegui por meio deles, que tem uma parceria com a amazon.  O serviço foi impressionante, chegou dentro do prazo estipulado e exatamente nas condições anunciadas.

A Better World Books vende livros usados e financia a alfabetização por meio das vendas.

Você pode enviar seus livros para ela que fará a venda, destinará uma parte para financiar programas de alfabetização e outra para a sua conta bancária.

No final das contas, todos saem ganhando!!!

Uma ONG que não usa dinheiro público, é auto sustentável, aposta em inovação e tem um impacto social de dar inveja à políticas públicas tradicionais


Um computador por criança na Nigéria

novembro 28, 2007

Esse é um primeiro resultado do projeto One Laptop per Children (OLPC). Claro que fotos de crianças com computadores e um artigo falando do projeto piloto na Nigéria não substitui uma boa pesquisa econômica de avaliação de resultados.

 

A idéia é muito boa. Produzir um laptop resistente (pois vai ser usado por crianças), com software grátis (doado pela microsoft ou linux) para reduzir a exclusão digital logo na fase escolar.

 

 

Como os recursos são escassos, vem a pergunta: o mesmo dinheiro seria melhor investido em qualificação dos professores, livros, construção de escolas, material escolar, transporte até a escola ou qualquer outro “insumo” da educação?

 

Acredito que possa ser melhor investido. Tenho medo que o computador seja roubado ou subaproveitado e vire sucata ou produto de escambo.

 

Mas mesmo assim, dificilmente outro projeto conseguiria ganhar a mídia e apoio da indústria como esse. A idéia é inovadora e faz sentido: por ser novidade, o laptop pode fazer com que a educação (estudar matemática por exemplo), se torne uma brincadeira

 

E todo o projeto tem seus riscos.

 

Uma gestão participativa, dando poder, responsabilidades e qualificação para a comunidade local (professores, família, funcionários – estou pensando em algo bem grassroot) pode fazer com que seja uma ação muito efetiva em prol da educação da próxima geração.


Difusão da Inovação

novembro 26, 2007

Quando sai alguma novidade no mercado – digamos: uma televisão que grava automaticamente todos os começos de filmes para que você não pegue os filmes pela metade – você fica na fila para ser o primeiro a comprar, espera outras pessoas comprarem e te falarem se é bom ou ruim ou é sempre uma das últimas pessoas a se atualizarem.

Claro que depende da inovação: eu por exemplo usei um celular Nokia 5125 até bem recentemente e comprei um Nintendo Wii quando tinha acabado de lançar (no Japão!!!)

Mas então, existem alguns estudos sobre o assunto e muita coisa boa  sobre isso sendo estudado pela economia em conjunção com a psicologia. Agora não vou poder colocar como referência mas já li um estudo bacana sobre a difusão de uso de sementes transgênicas como função da rede social dos fazendeiros de uma determinada  região.

Para a galera do desenvolvimento, informação sobre planejamento familiar, financeiro, cuidados com a saúde, etc, também “viajam” por estas redes sociais (embora não tão rápido como a informação de que tem gente distribuindo dinheiro nas redondezas, como o bolsa família – aliás, é o tipo de programa que não precisa de divulgação nenhuma para ficar conhecido!) .


Game Over! Como a inovação se espalha por uma escola!

novembro 26, 2007

Game Over!

 

Sorry. You have spent all the time given for your innovation project. If you had eleven or more adopters you succeeded better than the average past player. If you had five to ten adopters, you still did better than many real-life change agents.

In any case, please don’t forget to visit the game log page to review your game strategy to see if you can articulate what tactics seemed to work and which did not. What advice might you give to future change agents?

He he he, esse joguinho me consumiu algum tempo ontem à noite.

Mas vale muito a pena, principalmente se você trabalha com a difusão de uma inovação dentro de uma organização.

Como é de se esperar, a chave para o sucesso é conhecer seu público alvo, saber quem influencia quem e quais são pessoas chaves que tem mais propensão para adotar uma inovação.

Não se engane, tem muito osso duro de roer lá!

Se você jogar, não se esqueça de colocar o resultado aqui para compararmos quem é o “lobby man”!!!


Entrevista com Francisco Gaetani

novembro 23, 2007

Para quem não sabe, Francisco Gaetani é o modelo de gestor governamental a ser seguido. Foi um dos idealizadores e fundadores da Escola de Governo da Fundação João Pinheiro, Diretor da Escola Nacional de Administração Pública, Coordenador da área de Governo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Doutor pela London School of Economics e (ufa!!!) Secretário de Gestão do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

 

 Aqui vão alguns fragmentos da entrevista feita pela revista “Desafio”, do Ipea:

 

Desafios – Estados e municípios têm bons exemplos de políticas de gestão que tenham dado certo?

Gaetani – Posso citar vários. Na área de atendimento ao cidadão, o Poupa Tempo, em São Paulo, é um bom exemplo. O Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) da Bahia é outro. Minas Gerais também introduziu uma série de iniciativas.Há muitas políticas de gestão pública inovadoras nos estados. Por quê? Porque os estados têm se beneficiado do aprendizado que o governo federal está tendo e que tende a se derramar às administrações estaduais e municipais. É o caso, por exemplo, dos pregões eletrônicos, compras de remédios e outros.Por outro lado, há também um movimento inverso. Se a experiência federal transborda para os estados, há experiências estaduais que estão subindo para o Planalto. Basta dizer que, se formos rastrear a origem do Programa Bolsa Família, vamos chegar às experiências dos governos Cristovam Buarque, no Distrito Federal, e da Prefeitura de Campinas, em São Paulo.

 

 
Desafios
– Como ex-diretor da Escola Nacional de Administração Pública (Enap), em sua opinião, a formação da mão-de-obra destinada à administração pública é adequada?


Gaetani – Mais que ex-diretor da Enap, fui diretor da Escola de Governo de Minas Gerais, que foi o primeiro curso de administração pública do Brasil, em um ranking de 1.435 escolas. Acredito na formação como uma política de longo prazo e acho que temos de investir simultaneamente na formação, na educação continuada, na profissionalização, em cursos públicos, e isso tem de ser feito constantemente, e não espasmodicamente. A Enap é importante ao coordenar as várias escolas de governo da administração federal. No plano estadual, estamos mandando para a Europa um conjunto de profissionais de várias escolas de governo, e achamos que isso tem de ser institucionalizado. A capacitação é uma dimensão da política de profissionalização da gestão.

Desafios – O Brasil analisou e aproveitou alguma das experiências de gestão realizadas por outros países, como a Nova Zelândia?

Gaetani – É preciso salientar que as mudanças da Nova Zelândia começaram em 1992. A Lei de Responsabilidade Fiscal – e poucos sabem disso – foi inspirada na Nova Zelândia. É um país que tem uma população menor que a da cidade de Belo Horizonte e um rebanho de 80 milhões de ovelhas. Temos que ver sempre o que é factível de aproveitar, e com muito cuidado. Eles começaram muito antes o processo de modernização do Estado, e isso prossegue até hoje.O Chile, a França e o Reino Unido também tiveram experiências interessantes nessa área. Há um debate internacional fluindo e procuramos acompanhar aqui no Brasil. Acho que temos de prestar atenção nos países com os quais temos um parentesco cultural maior, como Portugal e Espanha, que se modernizaram bastante recentemente. São países cuja matriz jurídica e tradições culturais são mais próximas das nossas. Defendo ainda um diálogo mais estreito com os Estados Unidos,país federalista e presidencialista como o Brasil. Eles têm experiências ótimas, principalmente nos governos estaduais, grandes inovadores na gestão.

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Os grifos em negrito são meus.

Em primeiro lugar, tenho que dizer que enche de orgulho vê-lo citar, como “mais do que diretor da Enape, fui diretor da EG/FJP”. Ser a melhor do ENAPE em um ranking de 1435 escolas é algo fantástico e tem que ser valorizado, principalmente tendo em vista que a carreira após o curso tem deixado a desejar.

Em segundo lugar, o que eu já venho falando aqui tem um tempo: precisamos olhar o que está acontecendo à nossa volta e encontrar best practices de gestão governamental que podem ser copiadas aqui. Não existe copyright para o desenvolvimento. Se uma idéia está dando certo em outro lugar e pode dar certo aqui, por que não aprender e reproduzir aqui?


Google e os Objetivos do Milênio (MDG’s)

novembro 16, 2007

A ONU (PNUD) e a empresa Google firmaram um acordo no âmbido do Millenium Development Goal (MDG’s), que visa reduzir a pobreza mundial pela metade (além de outras metas) até 2015!!!

O resultado é um site onde você encontra os dados de cada meta, para cada país e o progresso ao longo dos anos de forma clara, fácil e interativa !

 

A notícia está aqui e o fruto da cooperação está aqui!